Quem sou eu

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Sou Comunicóloga/Psicopedagoga com extensão em Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. Sou casada com uma pessoa especial/companheiro maravilhoso: Acácio - Minha Vida e, juntos temos três lindas princesas. Quando me comprometo com algo levo a sério e faço tudo para que o melhor seja o resultado. Acredito na Inclusão escolar e aposto que o OLHAR é uma das ferramentas primordiais para o alavancar dessa ideia.

terça-feira, 24 de julho de 2012

FORMA-PALAVRAS Acredito que essa estratégia alfabetizadora é puramente INCLUSIVA.

A ESCOLA SEM NADA PARA OS SEM NADA!


Maravilha... ma-ra-vi-lha!!! O Governo Federal no âmbito educacional retira com consciência um migalha dos lucros para fazer louváveis investimentos. Migalhas sim, pois o muito que se investe ainda é insuficiente diante do que se deseja e do que se pode investir. Economistas de ampla visão social e acima de tudo humana, tem cálculos de que o que se investe do PIB poderia ser 12% e não 4% ou 6% numa EDUCAÇÃO que se almeja ser para TODOS. De qualquer forma nos últimos dez anos eu tiro o meu chapéu por esse pouco que o Governo Federal vem investindo, ele só precisa acompanhar melhor seus investimentos para que estes inescrupulosamente não sejam desviados: cor-rup-ção!
E nessa roda viva vão passando as gerações com as mesmas seqüelas: dentro de escolas (depósitos) sem nenhuma estrutura física – carteiras sem proporção anatômica idade/desenvolvimento, sem mesmo ter estrutura para que o professor utilize um recurso didático diferenciado, necessário a aprendizagem com olhar da essência de que o lúdico deverá ser ferramenta presente nas turmas de educação infantil e no ciclo de alfabetização – do 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental – ter com a possibilidade de exercer uma pedagogia inclusiva.
Lamentável constatação: É A ESCOLA SEM NADA PARA OS SEM NADA.
E para piorar o quadro, certamente o governo federal pressionado pela Organização das Nações Unidas grita que a saída, impõe sem direcionamento e estrutura investigativa plausível do investimento que envia aos governos municipais e estaduais para que se implante a escola integral – ESCOLA INTEGRAL? Estamos anos luz longe da real e ideal estrutura de uma Rede Pública em condições de implantar uma educação integral. Seguindo essa baderna que são as gestões políticas de nosso país, gestões que pregam princípios, mas que se enveredam no caminho da demagogia e da inescrupulosa fenda da corrupção. “Gestores” no afã de se manter nos cargos rabiscam “projetos” justificando a necessidade no programa mais educação de atender até 50% da sua clientela e surge nessa trilha: O MAIS INFERNO!
MAIS INFERNO sim, sem medo de errar. É somente tirarmos o véu da hipocrisia, a túnica do sim incoerente e analisarmos humanamente o que está acontecendo nas nossas escolas: os pais aderindo ao programa ciente que seus filhos estão seguros e, o pior sem a consciência de que a escola que o filho estuda foi premiado com o PROGRAMA, porque seu Ideb foi baixo, ou seja, não estão pedagogicamente fazendo o que é o dever e o direito do aluno: ensinando com qualidade e ideais condições. Os alunos “tadinhos” perdem a empolgação e o pior o olhar de valorização pela ESCOLA, já não tem desenvolvimento cognitivo e emocional para perceber que a escola é um espaço onde ele – aluno – pode ser preparado para ser um transformador do seu próprio meio. Ele não tem condições de sentir e nem informações que tem no horário normal de aula sistematizada, os ideais recursos materiais, didáticos, pedagógicos, espaço de Letramento/ALFABETIZADOR que possibilite ao seu desenvolvimento e que ao se somar as horas a mais de estudo – MAIS EDUCAÇÃO – promova nesse ser a consciência de que ele pode galgar mais e mais degraus, de que é possível a ele, aluno da escola pública, ter realmente uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Uma educação que desmistifique, ou melhor, quebre esse paradigma invertido de que as portas das Universidades Públicas sejam estaduais ou federais estão abertas para quem teve base, aquele que de forma desigual foi polido, preparado numa escola privada. O alicerce desses que tiveram o diferencial na escola privada sem dúvida está seguro, seus pais pagaram para que na Educação Básica você recebesse o que é correto receber. Pagaram? Pagaram duplamente. Afinal, somos cidadãos que pagamos impostos ao consumir do imprescindível papel higiênico ao pedaço de carne, feijão e arroz que não pode faltar no nosso prato, daí o reforço: “saco vazio não se põe de pé”. Nos deparamos com a inversão dos valores: para o alicerce(educação básica) a escola pública não serve, mas para a formação acadêmica(graduação) as Universidades Públicas são as melhores, as que preparam com eficácia.
Mesmo com séculos e séculos que se passaram após o dito descobrimento do Brasil, continuamos nos comportando em termos educacionais como a da educação jesuíta, educação privatizada, para poucos, me arrepia o pensamento da provável constatação que alguém, um grupo, sei lá quem... acabe visualizando o crime humano cometido lá no auge da educação jesuíta, QUANDO DIZIAM ASSIM: catequizar os índios? Não! Eles não poderão aprender, ser alfabetizados, pois eles os nativos do nosso país, não tem ALMA. Se a alma se fortalece com boa alimentação, com bons espaços para se desenvolver emocional e socialmente; estamos na trilha de rotularmos: pobre não tem alma, não tem direito a nada -  É POBRE.
GRITA CIDADÃO, SE APRESSE, CORRE, GRITE.  É HORA DA POPULAÇÃO ACOOOOOOOOOOORDAR E SABER O QUE É REALMENTE POSTURA CIDADÃ, SABER REIVINDICAR.
Lembrando a marcante frase do Mestre Freire: “A Educação sozinha, não muda nada. Mas, nada MUDA sem EDUCAÇÃO.”
Rosecleide Santos Araújo Silva - 25 de julho de 2012 às 00:14

  

Musicoterapia e Autismo - Lorenzo - parte 1 de 2

Desenvolvendo a Comunicação Verbal - Parte 1

Uma Solução para o Autismo - Aplicando as Técnicas 1

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Partilhando do http://www.pragentemiuda.org - Para deficientes visuais inclusos em sala regular - UM GANHO PARA TODOS!


Oi gente!

Uma ótima idéia para trabalhar com alunos especiais é fazer um dominó gigante de texturas e formas geométricas. Permite a discriminação visual e tátil das figuras geométricas. O jogo pode ser manuseado sob a carteira ou na posição “em pé”, permitindo movimentos de flexão e extensão de braços.


Como que faz? Em madeira, papelão ou caixas de leite encapadas. Para a textura faça aplicação de diferentes materiais como sementes de feijão, arroz, areia, lixa, tecidos, lã e outros.

Baixe a Apostila completa AQUI.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sério! Um olhar mais comprometido na formação desse alicerce.


A atuação do professor de educação infantil

 
A socialização do professor de educação infantil.
O professor que atua na educação infantil deve ter uma preocupação específica de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. Ao se tratar de alunos iniciantes no convívio escolar surgem situações diferentes e inesperadas em relação às demais fases escolares.
A criança tem um jeito próprio de encarar as novas etapas que vão surgindo em sua vida. Muitas vezes pais e educadores encaram esses acontecimentos com maior dificuldade que a própria criança que está passando por determinada vivência.

O ideal é que o professor tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive, colocar em prática certos conhecimentos adquiridos, porém de forma meio que inconsciente.
Buscando compreender melhor o mundo infantil e a aceitação da criança nessa nova experiência sugere-se algumas dicas de como proceder no mundo infantil: 
• Buscar organizar o espaço infantil de forma que o ambiente proporcione harmonia nos aspectos psicológicos e biológicos da criança;
• No período em que a criança estiver no Jardim de Infância, passar a sensação de um mundo mais lúdico no qual a criança, apesar de estar passando por um processo de educação e aprendizagem, não se sinta educada formalmente.
• Criar hábitos de correção com suavidade e fineza.
• Ao propor atividades para as crianças, conduza-as da melhor maneira possível, de forma que essas venham lembrar-se do momento com saudade.
• Preparar o momento da leitura com maior carinho possível, visto que se trata de um momento mágico para a criança, bem como estimula o crescimento do vocabulário preparando-a para a alfabetização.
• Observar bem os seus alunos, podendo detectar o que pode melhorar ou até mesmo o que deve ser eliminado.
• Ter consciência que punições devem ocorrer para corrigir maus hábitos, porém busque a melhor forma de realizar, fazendo com que a criança tenha consciência do erro. 
Ressalta-se que o bom professor aprende junto com seus alunos, antes mesmo de propor a educá-los.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

quinta-feira, 15 de março de 2012

Autismo...uma forma diferente de ver o mundo.


METAS PARA O PROFESSOR AUXILIAR/MEDIADOR QUE TÊM COMO OBJETIVO AJUDAR A CRIANÇA NO AMBIENTE DE UMA ESCOLA CONVENCIONAL


I N S  P I R  A D O  S   P E  L  O   A U  T I S  M O 
Informando, Inspirando e Habilitando Famílias, Profissionais e Crianças com Autismo
www.inspiradospeloautismo.com.br

(Informações dirigidas aos professores auxiliares/mediadores)
Nós queremos que a criança aprenda a:
1) Procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
2) Procurar ajuda e responder ao professor principal.
3) Manter a sua auto-regulação. 
4) Procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar. 

  • Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e dirigir sua atenção a outras crianças.
Quando trabalhando em uma atividade, o professor auxiliar pode fazer comentários, 
apontar e celebrar o trabalho de outras crianças naquela atividade.  Isso encoraja a 
criança com autismo a prestar mais atenção ao que as outras crianças na classe estão 
fazendo.  O professor auxiliar pode também apontar,  “Olhem como Charlie está 
esperando na fila pela sua vez.  Nossa, é ótimo isso que o Charlie está fazendo.” Em 
outros momentos, o professor auxiliar pode pedir a uma criança responsiva para 
explicar algo para a criança com necessidades especiais ou até, em alguns 
momentos, encorajar uma outra criança a escrever em seu caderno para que a criança 
com autismo copie, etc.
Como auxiliar a criança a procurar ajuda e responder ao professor principal.
Para fazer isso, a criança com necessidades especiais deve ser em alguns momentos 
corrigida pelo professor em vez de ter o professor auxiliar sempre a ajudando ou 
tomando o lugar do professor.  O professor auxiliar deve trabalhar em parceria com o 
professor principal para que possam equilibrar este trabalho conjunto de uma forma 
que seja eficaz para a criança especial e para os seus colegas de classe.   
Como auxiliar a criança a manter a auto-regulação.
Permita que a criança algumas vezes sente-se e concentre-se novamente sem o 
estímulo do professor ou professor auxiliar.  Isso pode levar mais tempo, mas permite 
que a criança desenvolva habilidades úteis de auto-regulação.  Por exemplo, muitas 
das crianças neurotípicas se levantam entre atividades e se movem pela classe (ou até 
dão pulinhos e ou pequenos giros por alguns instantes).  Observamos com freqüência 
professores auxiliares tentando manter a criança com autismo sentada.  Em vez de 
manter a criança com autismo sentada, permita que ela se levante e se mova ao redor 
se as outras crianças estiverem fazendo isso. Então, dê a ela a oportunidade de voltar 
ao seu assento antes que a próxima atividade comece. Pause e observe se a criança 
volta sozinha.  Se ela não voltar a se sentar por conta própria, o professor auxiliar 
pode diretamente pedir a ela que o faça ou celebrar as outras crianças que estão 
voltando aos seus assentos (trazendo a atenção da criança com autismo para o que 
as outras crianças estão fazendo), ou ainda, intencionalmente esperar que o professor 
principal verbalmente direcione a criança de volta para o seu assento.  


  • Como auxiliar a criança a procurar ajuda, buscar referências sociais e responder ao professor auxiliar.
O professor auxiliar pode algumas vezes participar e realizar as atividades que o 
professor principal tenha planejado. Em vez de apenas observar as outras crianças e 
orientar a criança especial, o professor auxiliar pode também trabalhar na atividade ele 
mesmo.  O professor auxiliar pode então encorajar a criança a olhar para o que ele 
está fazendo em vez de simplesmente dizer a ela o que fazer.  Isso permite que a 
criança desenvolva habilidades para buscar referências sociais e prestar atenção a 
alguma outra pessoa de forma a imitar e aprender com os outros.
Diga diretamente à criança o que você gostaria que ela fizesse.
Celebre quando ela pedir por ajuda e utilize uma das quatro ferramentas (ofereça a 
resposta ou a modele para ela, dê como referência as outras crianças, dê como 
referência o professor, a encoraje a resolver a questão por si mesma.)
Um exemplo de atividade para incentivar a utilização de referências sociais.
Você pode usar um divertido aceno de cabeça significando sim/não quando se 
comunicar com a criança enquanto vocês estiverem envolvidos em uma atividade 
altamente motivadora.  Desse modo, a criança é encorajada a olhar em direção ao seu 
rosto para obter informações. Por exemplo, eu estive recentemente com um garoto 
que adora jogar “4 quadrados” com seus colegas de classe. Durante o jogo, cada 
criança fica em seu quadrado – são 4 quadrados unidos na forma de um grande 
quadrado no chão. As crianças jogam a bola de um quadrado para o outro. Se a bola 
quica no quadrado de uma criança, ela precisa jogar a bola em direção ao quadrado 
de outra criança. Se a criança não consegue pegar a bola ou joga a bola para fora de 
todos os outros quadrados, então ela perde um ponto. Após cada pontuação, quando 
as crianças estivessem motivadas para começar a jogar a bola novamente, um adulto 
poderia segurar a bola e de forma divertida acenar negativamente com a cabeça por 5 
segundos, e então de forma animada acenar positivamente com a cabeça enquanto 
joga a bola para o jogo recomeçar.

Criando um Quarto de Brincar - Autismo!

Os princípios do Programa Son-Rise tornam-se ainda mais eficazes quando integrados ao dia-a-dia da criança. Eventos diários como as refeições, os hábitos de higiene e a hora de dormir representam ótimas oportunidades para encorajar o desenvolvimento social. Muitas crianças com autismo também necessitam de um ambiente especialmente construído para auxiliar na aceleração do aprendizado. 

Princípios-Chave: A Criação de um Quarto de Brincar do Programa Son-Rise
Cada família é diferente. Sendo assim, cada quarto de brincar também deve ser diferente. Mas há dois princípios importantes para a criação de um quarto de brincar em casa:
Poucas Distrações Sensoriais
Crianças com autismo tendem a apresentar dificuldades em filtrar e descartar informações sensoriais, o que pode levá-las a se distrair pelos vários sons, imagens, texturas e cheiros. Quanto mais conseguirmos simplificar o ambiente sensorial de uma criança, mais fácil será para ela focar em interações sociais e no aprendizado de novas habilidades.
A Criança Obtendo o Controle
Devido à experiência de bombardeamento sensorial que crianças com autismo frequentemente vivenciam, elas costumam procurar oportunidades para que se sintam em controle de seu ambiente. Quando uma criança se sente em controle da situação, também se torna mais fácil para ela prestar atenção nas interações e aprendizados sociais.


O Quarto
Quarto de brincar no Autism Treatment Center
O ideal é escolher um quarto silencioso, longe das principais atividades da casa ou das distrações vindas de fora da casa. Geralmente, os pais escolhem um quarto extra ou o próprio dormitório da criança, mas isto não é uma regra. Cada família faz o melhor que pode com o espaço disponível em casa.
Se você escolher um dormitório, é importante que considere como irá minimizar as distrações neste quarto. Talvez você precise retirar alguns dos móveis ou assegurar-se de que tudo pode ser guardado em um armário ou despensa durante as horas de atividades no quarto. Para algumas crianças, a cama pode ser um elemento de distração – elas podem querer se esconder debaixo das cobertas ou pular no colchão o dia todo!
Neste caso, você poderia remover a estrutura da cama e, durante a noite, manter apenas o colchão no quarto, o qual pode ser retirado durante o dia.
O quarto de brincar costuma ter em média cerca de 4m X 4m, apesar destas medidas não representarem um prérequisito indispensável. Um quarto bem menor pode funcionar bem, especialmente para crianças mais novas. Quartos maiores também podem funcionar, mas leve em conta que um quarto muito grande pode tornar mais difícil a tarefa de se manter a 
atenção de uma criança.

Diminuir as Distrações - A Criança Sentir que Tem o Controle 
Retire o máximo de móveis que você puder do quarto escolhido. O ideal seria que você retirasse todos os móveis, exceto uma mesa e uma (ou duas) cadeiras, de tamanho 
apropriado para sua criança. Se o quarto escolhido for o dormitório da criança e você não tiver para onde remover os móveis, apenas assegure se de que todas as superfícies dos móveis fiquem livres de objetos. As paredes do quarto devem ser pintadas com uma cor neutra. Cores fortes, contrastes ou estampas na parede podem ser elementos de grande distração para crianças com autismo. O mesmo vale para o piso do quarto. 
Vale a pena considerar qual seria o piso mais apropriado para o quarto, uma vez que existe uma boa chance de que grande parte do trabalho seja realizado no chão (especialmente com crianças mais novas). É importante que o piso seja confortável. Nós geralmente utilizamos piso de vinil sobre uma forração de carpete para que tenhamos uma superfície macia e fácil de limpar durante o trabalho. Há também outras opções de pisos macios, como aqueles utilizados em academias de ginástica. Carpete pode funcionar também, principalmente se sua criança não costuma derramar líquidos no chão.
Nós recomendamos o uso de lâmpadas incandescentes neste quarto. Lâmpadas fluorescentes piscam (de forma imperceptível para muitas pessoas), mas as crianças com autismo frequentemente percebem e distraem-se com isto. 
Neste ambiente, você não precisará impor tantos limites para a criança, pois ela estará em um ambiente seguro onde poderá fazer quase tudo, sentindo-se então em controle da situação. O ambiente também oferecerá para a criança a previsibilidade e segurança - um ambiente conhecido, onde apenas uma pessoa por vez interagirá com ela. 

Móveis e Equipamentos 
Quarto de brincar no Autism Treatment Center
Os móveis e equipamentos que você utilizará dependem da idade e necessidades sensoriais de sua criança. Para uma criança mais nova que gosta de correr, pular ou escalar, aconselhamos que você encontre uma maneira segura de oferecer estas atividades dentro do quarto. Um jeito de fazer isso é retirar toda a mobília desnecessária do quarto, mantendo apenas uma pequena mesa e uma cadeira para as refeições ou atividades como desenho, etc. Você pode então providenciar equipamentos como um pequeno escorregador ou uma estrutura para escalar, uma pequena cama elástica ou duas grandes bolas de fisioterapia. Para uma criança menos ativa ou mais velha, você pode providenciar uma mesa maior e um lugar confortável para se sentar.
Recomendamos o uso de um espelho de cerca de 1,60 m (altura) por 1,50 m (largura) colado de forma segura na parede a partir do chão ou rodapé. A principal função do espelho no quarto é estimular e facilitar o contato visual com a criança. O espelho também contribui para o aprendizado de consciência corporal da criança. E ainda outra função seria a de facilitar a observação e gravação das sessões devido à multiplicação dos ângulos de visão. 

Brinquedos 
A escolha dos brinquedos também depende dos interesses da sua criança. Mantenha o quarto livre de qualquer brinquedo eletrônico, isto inclui video games, TVs, computadores ou qualquer outro brinquedo que utilize pilhas. Estes brinquedos ou equipamentos podem distrair e absorver uma grande parte da atenção das crianças. Lembre-se que o principal foco no quarto está na interação social.
Procure escolher brinquedos que possam ser utilizados de diversas maneiras. Por exemplo, brinquedos de pelúcia, fantoches, fantasias, instrumentos musicais e blocos de montar. Equipamentos de esportes são frequentemente úteis, como bolas, cestas de basquete, gol, pinos de boliche ou pequenas raquetes.
Mesmo que sua criança ainda não esteja desenhando ou escrevendo, mantenha papel, canetas, giz e lápis disponíveis no quarto para que você possa desenhar figuras, escrever palavras e começar a encorajar sua criança a fazer o mesmo. Se sua criança já for capaz de participar em jogos mais estruturados (ex: jogos de tabuleiros ou cartas), você pode ter alguns destes no quarto também.
É importante que você inclua no quarto vários objetos que sua criança costuma utilizar durante comportamentos de isolamento. Se ela gostar de segurar pedaços de fios, tenha alguns tipos de fios no quarto. Se a criança gostar de alinhar carros de miniatura, tenha alguns destes disponíveis (não mais do que 10). Coloque todos estes brinquedos em uma ou duas prateleiras a uma altura de cerca de 1,75m. A intenção é que a prateleira esteja alta o suficiente para que sua criança precise de sua ajuda para alcançar os brinquedos, mas não alta de modo que criança não consiga ver quais são os brinquedos lá disponíveis. Para crianças mais velhas que conseguem alcançar tão alto quanto você, a altura da prateleira não é tão importante. 
Para mais informações sobre os brinquedos e materiais do quarto, visite a página Brinquedos e Materiais.
Quarto de observação com espelho falso para o quarto de brincar no Autism Treatment Center of America

Sistema de Observação 
Se você pretende ter outras pessoas trabalhando no quarto com sua criança, providencie uma maneira de observar estas pessoas no quarto, para que você possa treiná-las com maior efetividade. A observação da sessão pode ser feita através de um espelho falso na porta do quarto ou um sistema de câmeras ligadas a um monitor fora do quarto. 

Clique nas imagems abaixo para fazer o download dos PDFs "Como Criar um Quarto de Brincar" e "Exemplo de um Quarto de Brincar".
 

ATIVIDADES INTERATIVAS EDUCACIONAIS - AUTISMO!

ATIVIDADES INTERATIVAS EDUCACIONAIS
As atividades abaixo são exemplos de atividades interativas criadas dentro do quarto de brincar / interagir do Programa Son-Rise®. As atividades podem ser adaptadas para a faixa etária, interesses e estágio de desenvolvimento social de cada criança ou adulto com autismo. As metas educacionais de algumas atividades também podem ser modificadas de acordo com as necessidades de cada pessoa. Por exemplo, no Pega-Pega Surpresa, a meta apresentada é o aumento do contato visual, mas poderia ser também a comunicação verbal, e o facilitador então solicitaria que a criança, ao invés fazer contato visual através dos buracos do lençol, falasse uma palavra ou uma sentença para dar continuidade ao pega-pega, de acordo com o estágio de desenvolvimento da comunicação verbal da criança. 

Identifique o estágio de desenvolvimento social da criança ou adulto com autismo (ver Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise) e elabore atividades divertidas e apropriadas às necessidades de cada pessoa.

Mariana Tolezani com uma criança
1. Caça ao Quebra-Cabeça
Meta: Inspirar um aumento do intervalo de atenção compartilhada.
Motivações / Interesses: Figuras, quebra-cabeças e passeios no colo ou de cavalinho.

Preparação: Imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens favoritos da criança (Barney, um dos Backyardigans, Mickey, etc.). Plastifique com papel contact (para tornar o material mais durável) e corte e pedaços para fazer um quebra-cabeça. Quando você entrar no quarto, coloque as peças do quebra-cabeça em alguns pontos da prateleira.

Início da Atividade: Quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”*, apresente a atividade pegando uma ou duas peças da prateleira. Explique animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga também que a maneira de pegar mais peças é ela subir no seu colo ou costas para vocês passearem juntos pelo quarto procurando cada peça. Se a criança não subir no seu colo imediatamente, procure convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela suba no seu colo.

Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Passeie pelo quarto com a criança em seu colo (ou costas) de formas divertidas. Pegue uma peça por vez e a leve até a mesa para adicioná-la ao quebra-cabeça. Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o personagem.

Solicitação: O objetivo aqui é prolongar a duração do intervalo de atenção compartilhada da criança, portanto a única coisa a se solicitar é que a criança suba novamente em suas costas para vocês irem pegar uma nova peça. Se a criança entrar em comportamento de isolamento e repetição antes de completar o quebra-cabeça, junte-se à criança fazendo o que ela estiver fazendo. Quando ela oferecer um novo Sinal Verde, convide-a para a atividade do quebra-cabeça novamente.

*Sinal Verde para Interação: Depois de um período de isolamento, a criança demonstrará estar disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”. Há 3 tipos de Sinais Verdes: Contato visual; Comunicação verbal; Contato físico.


Facilitadora e criança no Autism Treatment Center of America
2. Pega-Pega Surpresa
Meta: Estimular um maior contato visual (olho no olho).
Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus.

Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no teto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.

Início da Atividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a atividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a atividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final.

Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca. Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cócega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à atividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança.

Solicitação: Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.


Facilitadora e criança no Autism Treatment Center of America
3. Pescando as Sentenças
Meta: Estimular a utilização de sentenças mais longas.
Motivações / Interesses: Atividades físicas (ex: passear de cavalinho, balançar, rodar, pular na bola grande, etc.)

Preparação: Em letras bem grandes, escreva as sentenças que descrevem atividades que você acredita que sua criança terá interesse em participar. Por exemplo: “Eu quero passear de cavalo”, “Eu quero balançar devagar”, “Eu quero pular na estrada de buracos”, “Eu quero voar de avião”, “Faça passeio de elefante”, “Faça passeio de espirro”! Seja criativo em relação aos tipos de passeios, balanços e pulos que você pode oferecer para a criança. Escreva quantas sentenças você conseguir inventar para ações que você vai oferecer. Plastifique as sentenças para que elas possam ser reutilizadas. Depois corte as sentenças em 3 partes para criar “piscinas” de palavras / frases. A 1ª piscina irá conter os inícios das sentenças (ex: “Eu quero”, “Faça”, etc). A 2ª piscina terá as ações motivadoras (ex: “o passeio”, “balançar”, etc.). A 3ª piscina terá as palavras descritivas da ação (ex: “de cavalo”, “de avião”, “de espirro”, “devagar”, etc.). Cole um clipe de metal em cada pedaço de papel. Improvise uma vara de pescar com um pequeno imã no fim da linha. Coloque as 3 piscinas (caixas, bacias) de categorias de palavras no quarto de brincar / interagir. 

Início da Atividade: Quando sua criança oferecer um Sinal Verde, corra para a 2ª piscina (verbos, ações) e pesque você mesmo um pedaço de papel com uma palavra de ação. Leia a palavra para a criança e ofereça a ação correspondente (um passeio, balanço ou pulo).

Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Agora pesque uma palavra da 2ª e uma da 3ª piscina, e leia a combinação para a criança (ex: “pulo de elefante”). Ofereça esta ação para a criança. Faça isto várias vezes até que sua criança esteja motivada o suficiente para vir ajudá-lo a pescar uma palavra de cada piscina.

Solicitação: Quando sua criança estiver bem motivada dentro da atividade, você pode pedir para que ela leia a sentença inteira ou para que repita depois de você. E você oferece a ação motivadora. Esta atividade pode evoluir para um momento em que a criança não precise mais das palavras por escrito para ajudá-la a elaborar uma sentença completa.


Facilitadora e criança no Autism Treatment Center of America
4. O Incrível Repórter 
Meta: Inspirar um maior interesse em outras pessoas.
Motivações /Interesses: Jogo imaginativo, troféus, prêmios, medalhas.

Preparação: Separe para o quarto todos os brinquedos e objetos que se encaixem em uma temática de expedições / safáris (ex: binóculos, telefone velho, chapéus, cordas, mochilas, comidas de plástico, figuras de animais, etc.). Faça um mapa do território que vocês irão explorar na expedição. Faça um “Caderninho de Notas do Repórter” com perguntas que você escreveu para a criança utilizar. Estas serão perguntas que a criança fará para você quando você estiver fingindo ser personagens diversos (ex: “O que você mais gosta da vida na savana africana?”)

Início da Atividade: Mostre o mapa para a criança de maneira muito animada e explique que um “jornal” local quer que vocês façam uma reportagem sobre animais exóticos, dinossauros, alienígenas, pessoas (o que quer que você acredite que seria mais interessante para a criança) que vivem naquele local do mapa. Inicie a atividade oferecendo à criança uma maneira simples e física de participar, por exemplo, segurar o mapa, dirigir o jipe, procurar girafas através dos binóculos, etc. Avise para a criança que quando ela voltar para a redação do jornal com a reportagem ela receberá uma medalha ou troféu do mais “Incrível Repórter”.

Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Enquanto vocês viajam pelo território que vocês criaram, utilize os seus 3E’s* para ajudar sua criança a ficar ainda mais motivada pela atividade. Finja ser um dos animais (ou alienígenas, etc.) e se apresente à criança. Agindo como o personagem, conte animadamente sobre você, respondendo a todas as perguntas que estão escritas no “Caderninho de Notas do Repórter” sem que a criança precise fazer as perguntas.

Solicitação: Quando a criança estiver altamente envolvida na atividade, comece a pedir para ela fazer o papel do repórter mais ativamente. Estimule a criança a perguntar para você as perguntas escritas no caderno enquanto você finge ser os vários personagens que vocês encontram pelo caminho. Depois de fazer isto com alguns personagens, diga para a criança que o repórter que provavelmente ganhará o prêmio de “Incrível Repórter” será aquele que inventar novas perguntas para fazer. Encoraje a criança a fazer perguntas que não estão escritas no caderno.

* 3E’s: Uma técnica fundamental do Programa Son-Rise. Os 3E’s são Energia, Entusiasmo e Empolgação.


Mariana Tolezani no quarto de brincar com uma criança com autismo
5. A Conversa com os Dados
Meta: Conversação com conteúdo social.
Motivação / Interesses: O assunto que sua criança goste de conversar (ex: carros, etc.).

Preparação: Faça dois dados gigantes  (caixas quadradas embaladas em papel). Um dado será o dado das “situações”, cada face terá uma situação diferente relacionada com a área de interesse de sua criança (ex: o carro quebrando, comprando um novo carro, etc.). No outro dado, escreva em cada face nomes de pessoas que sua criança conhece (ex: membros da família, voluntários do programa, o seu nome e o nome da criança).

Início da Atividade: Explique para a criança a atividade. Neste jogo, cada um tem a sua vez para jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da pessoa dita então o tópico da conversa. A idéia é conversar sobre como aquela pessoa específica agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco em informações pessoais ao invés de informações factuais. Se você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente como tópico da conversa.

Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Você joga os dados primeiro e então descreve como você acha que aquela pessoa agiria naquela determinada situação. Descreva a situação de forma animada, divertida, e bem detalhada, como se estivesse pintando um quadro da cena. Procure adicionar na sua descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor tipo “pastelão”, inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc. Estimule a criança a ter a vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você achar necessário, e celebre quaisquer idéias ela oferecer. Continue alternando a vez entre os jogadores.

Solicitação: Quando a criança entender bem o mecanismo do jogo e estiver altamente motivada, comece a introduzir desafios maiores. Ofereça menos auxílio, fique em silêncio e espere que a criança ofereça mais idéias espontaneamente. Se a criança oferecer uma descrição apenas factual do que poderia acontecer naquela situação, ou uma descrição geral não relacionada à pessoa em questão, celebre esta descrição e solicite que ela traga elementos mais específicos para aquela história tendo em mente como aquela pessoa em particular agiria naquele contexto. Se necessário, ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela pessoa específica (ex: “Você se lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que você acha que ele faria se o carro dele quebrasse?”).


(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship, site www.autismtreatmentcenter.org)


Mariana Tolezani no quarto de brincar com uma criança com autismo
15 IDÉIAS DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LINGUAGEM
Os exemplos sugeridos abaixo para atividades interativas com o objetivo de desenvolver a comunicação verbal são apenas breves descrições das atividades. No Programa Son-Rise, os facilitadores procuram construir a interação e ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por uma ação deste facilitador antes de solicitar algo dela. Por exemplo, o facilitador faz cócegas várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, o facilitador solicita algo que é um desafio para ela, como falar uma palavra isolada ou sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou performance física específica, etc.

No momento em que a pessoa está altamente motivada por uma ação do facilitador, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir cada vez mais com outras pessoas e, conseqüentemente, aprender novas habilidades sociais. Investir na conexão amorosa e divertida com a pessoa com autismo beneficia o relacionamento e o aprendizado social. Divirta-se com as atividades!

1. Ofereça variações divertidas dentro de uma mesma motivação (interesse) para permitir a repetição de uma mesma palavra.
Por exemplo: Torne-se uma “Máquina de Apertar”. Modele a palavra “apertar” para a pessoa, pendure um papel com a palavra “apertar” na sua camiseta, ofereça várias formas de apertar a pessoa (massagem) e, quando ela estiver altamente motivada, peça para ela falar a palavra “apertar” para a “Máquina de Apertar” funcionar. Utilizando o mesmo princípio, você pode criar uma atividade onde você é a “Máquina de Comer” (que vai “comendo o pé ou mão” da pessoa) e a palavra que a pessoa fala é “comer”. Você também pode ser a “Caixa de Música”, e a pessoa fala a palavra “música” para você começar a tocar instrumentos ou cantar.


2. Pratique sons específicos da articulação de fala em uma canção.
Por exemplo: Se a pessoa gosta da canção “Seu Lobato Tinha um Sítio”, adapte os versos para incluir sons de fala que a pessoa tem dificuldade para articular. Você pode cantar “Era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, ia ia iou” se a pessoa tiver dificuldade em pronunciar o “T”. Você canta e convida a pessoa para cantar com você.


3. Demonstre para a pessoa que quando ela diz a palavra inteira de forma clara ela consegue mais o que quer do que quando diz aproximações da palavra. 
Por exemplo: Se a pessoa tende a omitir as consoantes iniciais das palavras, prenda um papel com a letra “C” na sua mão direita e as letras “ócega” na sua mão esquerda. Se a pessoa disser “ócega”, faça cócegas nela com a mão esquerda. Quando ela disser a palavra toda, ofereça cócegas com suas duas mãos. Você pode criar o mesmo tipo de atividade com palavras como “massagem”, “carinho”, etc.


4. Seja o médico de língua! Concentre o foco nos movimentos da língua para auxiliar uma articulação de sons mais clara. 
Por exemplo: Providencie um conjunto de fantoches e bonecos de pelúcia que abrem a boca. Você poderia até colar línguas de papel ou tecido em cada boca. Cada boneco tem uma dificuldade específica no movimento da língua. Peça para a pessoa com autismo para ajudar você a examinar a boca de cada boneco com um daqueles palitos (ou com a própria mão). Prescreva vários movimentos de língua para cada boneco. Depois de examinar todos os bonecos, faça com que um dos bonecos examine a pessoa com autismo e prescreva para ela um exercício específico de língua. Se a pessoa quiser, ela pode examinar você também!


5. Combine várias das motivações da pessoa para que a atividade seja ainda mais atraente. 
Por exemplo: Faça um cartaz com a palavra “Música” e outro com a palavra “Correr” ou “Pegar”. Modele a brincadeira jogando uma almofada em um cartaz. Jogue na palavra “Música” e comece a tocar um instrumento ou cantar. Jogue na palavra “Pegar” e saia correndo em direção à pessoa para um “pega-pega”. Quando a pessoa estiver altamente motivada por “música” ou “pegar”, peça para ela dizer a palavra correspondente à ação que deseja.


6. A pessoa dá as instruções para você achá-la no quarto e ganha o prêmio de “Melhor Instrutor”. 
Por exemplo: Entre no quarto com um grande chapéu na cabeça e anuncie que a pessoa acaba de ganhar um prêmio muito especial. Quando você estiver prestes a entregar o prêmio para ela, faça com que o seu chapéu cubra os seus olhos e estimule a pessoa a ajudar você a chegar até ela sem conseguir enxergar. No início, ela pode utilizar comandos simples como “para frente” e “para trás”. Depois de um tempo, você pode se colocar atrás de obstáculos para encorajá-la a dizer “Passe por cima do banco”, ou “Pule sobre a almofada”.


7. Crie sentenças ao oferecer variações em cima de uma mesma motivação, demonstrando para a pessoa que ela consegue exatamente o que quer quando utiliza sentenças mais longas. 
Por exemplo: Crie um cartaz com a silhueta de um corpo. Nomeie cada parte do corpo com um cartão removível. Na parte de cima do cartaz, escreva “Colorir  ______”. Peça para a pessoa pegar o cartão que corresponde à parte do corpo que ela quer que seja colorida e que o coloque no espaço para completar a sentença. Quando ela estiver altamente motivada, estimule a pessoa a dizer a sentença completa. Se ela disser apenas “colorir”, responda colorindo algo fora do corpo. Se ela disser apenas “perna”, responda balançando a sua própria perna. A idéia é incentivar a pessoa a dizer “colorir perna” ou “colorir a perna” para você “entender” e colorir a perna no corpo do cartaz.


8. Escreva uma sentença em uma cartolina e a cole com fita crepe no chão. Peça para a pessoa pisar em cima e dizer cada palavra da sentença para ganhar a ação motivadora ainda mais rápido. 
Por exemplo: A sentença pode ser “Eu quero uma canção”. Quando a pessoa terminar de falar a sentença, imediatamente comece a cantar a canção favorita da pessoa. Quando você terminar aquela canção, peça para a pessoa falar a sentença de novo e, quando ela completar a sentença, cante uma outra canção.


9. Construa sentenças com blocos que caem no chão.
Por exemplo: Providencie blocos bem grandes (como tijolos de papel ou espuma, ou até caixas de sapato). Cole em cada bloco uma palavra da sentença “Eu quero que os blocos caiam”. Comece a construir uma torre com o bloco que tem a palavra “Eu” no chão. Continue a construir a torre e a sentença assim por diante. Quando a pessoa disser a sentença completa, faça com que a torre desabe de forma divertida.


10. Pegue palavras para combiná-las em uma sentença e então dramatizar a ação de cada sentença. 
Por exemplo: Monte um trilho de trem em volta do quarto e a cada estação ofereça para a pessoa um série de opções de cartões com uma palavra em cada um. Peça para a pessoa escolher uma das palavras e colocar o cartão como carga no trem. Quando o trem chegar ao fim da linha e tiver algumas palavras nele, ajude a pessoa a combinar as palavras e criar uma sentença para falar. Depois de criada a sentença, você dramatiza a cena correspondente. Por exemplo, a sentença é “O macaco pula na floresta” e você pula pelo quarto dançando e cantando como um macaco.


11. Invente uma canção sobre um tópico que é do interesse da pessoa e peça para ela completar com palavras ou sentenças de forma a estimular sua comunicação verbal espontânea.
Por exemplo: Invente uma canção sobre a Barbie viajando pelo mundo. Você pode utilizar a melodia de uma canção conhecida e modificar a letra. Quando a pessoa estiver altamente motivada, experimente deixar “espaços” em silêncio para ver se ela completa com alguma palavra espontânea.


12. Invente uma história engraçada e até sem sentido para estimular a fala espontânea. 
Por exemplo: Faça uma pilha de cartões com uma palavra em cada um, palavras relacionadas aos interesses da pessoa. Inclua cartões que contenham apenas um ponto de interrogação. Escreva então uma história com a pessoa em uma cartolina. Escreva meia sentença e faça uma pausa. Pegue um cartão e use a palavra para completar a sentença. Se você pegar um ponto de interrogação, você ou a pessoa podem inventar qualquer palavra para escrever naquele ponto da história. Quanto mais engraçada e sem sentido a história melhor!


13. Estimule sentenças mais completas e espontâneas encorajando a pessoa a inventar histórias engraçadas. 
Por exemplo: Faça duas pilhas de cartões. Uma pilha contém figuras de pessoas fazendo diferentes ações. A outra pilha contém figuras de diversos objetos. Comece pegando um cartão de cada pilha e crie uma sentença que associe uma palavra com a outra. Por exemplo, você pega um cartão de um homem cortando a grama e outro de uma escova de cabelo. Você poderia então dizer “O Beto esqueceu que ele tinha uma máquina de cortar grama e usou a escova de cabelo para cortar a grama do jardim”. Convide a pessoa para fazer uma sentença na vez dela.


14. A pessoa com autismo é o entrevistador de um programa de rádio! Encoraje a conversação através da dramatização de vários personagens.
Por exemplo: Traga um gravador para o quarto e represente os diversos personagens que serão entrevistados pela pessoa. Você pode representar o elenco de um filme ou livro favorito. Estimule a pessoa a entrevistá-lo por 3 minutos. Se ela mudar o assunto, pare de gravar e a estimule a voltar para o assunto da entrevista.


15. Jogue “Boliche de Conversa” para praticar a habilidade de alternar a vez de falar sobre um assunto. 
Por exemplo: No fundo de cada pino de boliche está escrito um tópico para conversa (ex: férias, o mar, seu melhor amigo, etc.). A cada vez que você derrubar os pinos, escolha um deles e fale sobre o respectivo tema por 1 minuto. Você pode utilizar um cronômetro durante a atividade.


(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship © 2004, site www.autismtreatmentcenter.org)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

AMOR POR QUEM VOCÊ ATENDE! Cumprir somente Leis não vai mudar nada.


Lendo a produção que segue logo abaixo, que infelizmente não sei de quem é a autoria, mas muito interessante reforçou em mim o seguinte questionamento: Quem é o deficiente? Ele, que espera de você uma ação, o uso de uma estratégia que permita que o mesmo possa externar sua capacidade de compreensão, que juntos vocês podem manter uma comunicação produtiva e prazerosa, que você pode ensinar, mas pode também aprender e vice-versa. Ou você, que está preso a um olhar ofuscado que acha que só é possível fazer se tudo estiver ao alcance. Que para desenvolver habilidades ou realizar ações, na temática: aprender só é possível se não lhe faltar nenhum membro, se todos os seus sentidos estiverem em perfeito funcionamento e o seu cérebro a todo vapor... E aquela palavrinha que até usamos, infelizmente selecionamos onde e com quem usar: SUPERAÇÃO.   Gente olha para natureza! Que show de harmonia e superação ela nos demonstra a cada dia seja com a fauna ou com a flora. Foi por OLHAR a natureza que o homem EVOLUI; aprendeu a se defender, proteger... ir além. Foi com o OLHAR. Vamos olhar, olhar e buscar principalmente a EVOLUÇÃO INTERIOR que quebre as amarras de preconceitos, que nos coloque nos trilhos da HUMANIZAÇÃO, do respeito e crédito pelo OUTRO.
Reforço o que ficou tão forte no meu aprendizado acadêmico de psicopedagogia e que faço questão na prática de já uma década buscar alimentar e viver a reflexão: “nada é verdade, nada é mentira... tudo depende do olho que observa.” Quando seu olhar se encanta e os ouvidos permitem ouvir o som do é possível, você rompe barreiras, você vai além e ai torna-se um misto de prazer satisfatório que sufoca a sua fala e verbalmente não lhe é possível com palavras dizer o quanto é bom constatar que tudo é possível. E essa limitação que emocionalmente te prende, não impede que você mesmo sem falar seja entendido: teu choro fala, teu corpo fala, TEU OLHAR FALA. É magnífico!
É acreditando na possibilidade de uma EDUCAÇÃO INCLUSIVA REAL que transcrevo partes do texto que motivou o renovar do meu questionamento: Quem é deficiente?
“A Inclusão não pode se limitar ao cumprimento das leis, a Inclusão Escolar vem sendo mal compreendida. Tanto nas escolas de ensino especial como nas escolas de ensino regular precisam se reorganizar. Ambas precisam se desacomodar, parar de tratar a Inclusão como “ajudar” a portadores de deficiências... A Inclusão valoriza diferentes ritmos de aprendizagem e diferentes habilidades, cada ser humano carrega consigo aptidões, potencialidades.
Formação profissional é necessário sim, mas o mais importante é o amor por quem se atende...Isso é o que faz a diferença na Educação.”
Por: Rosecleide Santos Araújo Silva – Comunicóloga/Graduanda em Letras Português/Psicopedagoga com Extensão em Educação Especial e AEE

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DINÂMICAS - INÍCIO DO ANO LETIVO!


Dinâmicas para Inicio das aulas do Ensino Fundamental  - O Comprimento
Objetivos dessa dinâmica para ensino fundamental é desenvolver a noção de estimativa, equivalência e medida por meio de comparações. A dinâmica desse exercício estimula o raciocínio e a percepção das crianças em relação às medidas-padrão.
Tempo: 1 aula. Grupo: crianças a partir de cinco anos. Local: sala de aula ou uma sala grande.
Material: Esta é uma brincadeira que basta usar o material dos próprios alunos para começar a brincar: caneta, uma borracha, um livro, ou até o próprio palmo das crianças, uma régua, uma trena ou uma fita métrica.
Desenvolvimento: Para começar a brincadeira, divida a turma em quatro grupos. Escolha para cada um deles um objeto que deve substituir a régua como unidade de medida.
Esse objeto pode ser uma caneta, uma borracha, um livro, ou até o próprio palmo das crianças.
Em seguida, defina os objetos que cada grupo deve medir - por exemplo, a carteira, a porta, a lousa ou a altura da parede onde começa a janela.
Antes que a turma comece a realizar as medições, estimule as crianças a fazer estimativas: quantas borrachas elas acham que seriam necessárias para determinar o comprimento da mesa? E a largura?
Como seriam os resultados se, em vez desses objetos, a classe usasse um livro e um caderno para fazer as medidas? E assim por diante.


DE QUEM É O DESENHO?
Dinâmica enviada pela Profª Bruna Grupo: Até 20 pessoas (crianças ou adolescentes). Objetivo: Reconhecer o talento dos colegas.

Tempo: Cerca de uma hora, dependendo do tamanho do grupo.
Local: Uma sala suficientemente ampla com cadeiras para acomodar todas as pessoas participantes.
Material: Toca-fitas com boa potência. Folhas avulsas de sulfite, lápis e borracha.
Desenvolvimento: O professor deverá fazer dois grupos de alunos em dois círculos na sala com as carteiras.
Colocar uma música e distribuir as folhas para os alunos que deverão desenhar qualquer coisa ou a critério do professor.
Quando o professor parar a música, os alunos deverão passar a folha para o colega da direita (a folha não deverá ter nome) até o professor dar o sinal de parar.
Na hora que chegar a folha na primeira pessoa do grupo esse mesmo colega tenta adivinhar de quem é o desenho.
Podem-se trocar as folhas entre os grupos ou não.
Se um do grupo acertar de quem é o desenho, o grupo ganha um ponto e se não acertar, um ponto para o outro grupo. E assim continua a brincadeira.
Conclusão: abordagem às vivências do Grupo, criatividade e o conhecimento de cada integrante.


Motivar professores com dinâmicas - Encontrei uma nova profissão!
O objetivo dessa dinâmica para professores é estimular a criatividade, explorar a comunicação e mostrar aos participantes que sua profissão tem um valor único para o futuro de uma nação.

v Materiais: Papéis com lista de profissões inovadoras:
Envernizador de escadas
Pedicure de elefantes
Designer de túmulos
Redator de cartões de boas-festas
Afiador de agulhas de tricô
Digitador de faxes
Chofer de carruagem
Pintor de rodapé
Dentista de canários
Soldador de trombone
v Procedimento: Cada participante, por sua vez, irá pegar um papel com uma profissão inovadora.
O participante deverá então realizar uma apresentação de 2 minutos de acordo com o papel que pegar, explicando o que esse profissional faz, quais suas vantagens e desvantagens.
Os participantes poderão realizar perguntas sobre a profissão durante ou após a apresentação.
Dicas: Iniciar o processamento abrindo espaço para que os participantes façam comentários sobre sentimentos, dificuldades, facilidades e outros que o grupo julgar importantes.
Observar se o participante é espontâneo, criativo e como se comunica. No final o coordenador deverá explicar sobre a verdadeira importância de um professor na vida de seus alunos, sua função como mestre e exemplo a seguir.
Tempo de aplicação: 40 minutos
Número máximo de pessoas: 20
Número mínimo de pessoas: 2